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Se perdermos a confiança na imprensa, não temos nada

  • Rafael Bitencourt e Claudia Assencio
  • 8 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

Congresso debateu o uso da inteligência artificial no jornalismo e reuniu especialistas

Em meio à avalanche de Fake News, disseminadas, principalmente, pelas redes digitais, o diagnóstico é de aumento de credibilidade das chamadas mídias tradicionais, mais inclinadas a seguirem condutas éticas, embora não estejam imunes a falhas e até, digamos, linhas editoriais discutíveis. “Se perdermos a confiança na imprensa, não temos nada”, afirmou Laura Ellis, diretora de Inovação Tecnológica da BBC, em videoconferência direto de Londres, durante a edição 2019 do Mídia.JOR, congresso promovido pela revista e pelo portal Imprensa, realizado no dia 26 de setembro no Teatro Unibes Cultural, em São Paulo.


Inteligência Artificial do Jornalismo foi foco dos debates

O congresso debateu o uso da Inteligência Artificial (IA) no jornalismo a partir das experiências de empresas e veículos. “A Inteligência Artificial é um assunto fascinante. As máquinas inteligentes podem nos tornar jornalistas melhores. As mudanças na carreira e na vida pública já aconteceram. A próxima fase deste jogo é algo mais complexo e de mais impacto”, disse Laura.


Midia JOR 2019


Durante um dos painéis, Camila Marques, editora de Audiência e Digital da Folha de S. Paulo, afirmou que o veículo usa IA em pautas e casos específicos. Ela citou o estudo que indicou alta chance de fraude nas provas do ENEM. “Foi um trabalho de três meses em que jornalistas analisaram dados para chegar ao furo de reportagem”, afirmou.


Leonardo Cruz, editor de Inovação no Estado de S. Paulo, contou que o veículo utiliza IA, basicamente, em dois casos: para recomendação automática de conteúdo e para atração de clientes, ao diferenciar quem verá a tela para assinatura ao navegar pelas páginas. “Se é um leitor que não está acostumado a entrar, a gente oferece uma degustação maior do conteúdo, para daí convidá-lo a assinar”.


Evento reuniu painéis de debate com profissionais

RECORRENTES – Entre os temas recorrentes, destaque para o debate da importância de um trabalho de “arquitetura de dados” e a produção textual de algoritmos. “Textos escritos por algoritmos são muito baseados em um único modelo, muito simples”, disse Carmelo Iaria, CEO da AI Academy.


A disseminação de notícias falsas também não poderia passar batida. A diretora executiva e cofundadora do “Aos Fatos”, Tai Nalon, ressaltou que as Fake News trabalham com a verossimilhança. “Usa-se uma foto real em outro contexto, ou uma fala real e a atribui a outra pessoa. A falsidade está no detalhe”.


Profissional da BBC, Laura Ellis participou por videoconferência


FUTURO – Frente ao cenário atual do jornalismo, Laura Ellis previu, para os próximos cinco anos, que a Inteligência Artificial auxiliará na criação de jornalismo automatizado em grande escala, liberando os jornalistas para tarefas de alto nível. Para a profissional da BBC, a IA ajudará a melhorar o nívei da produção, com uma qualidade em áudio e vídeos, automatizando a criação de conteúdo.


 
 
 

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